O vinho é uma fonte razoável de energia, com baixos teores de vitaminas hidrossolúveis e minerais. O açúcar contribui muito pouco para seu conteúdo energético (exceto no caso dos vinhos licorosos, doces e suaves), que se deve essencialmente ao etanol, que possui cerca de 7 kcal/g (apenas para você ter uma idéia, contra as 9 kcal/g dos lipídios e 4 kcal/g os carboidratos).
Um exemplo disso é o fato de um litro de vinho seco, contendo cerca de 60 a 150 g de álcool por litro, chega a fornecer de 400 a 1.000 kcal. Ao contrário dos carboidratos ou gorduras, que podem ser armazenados no corpo, na forma de glicogênio e triglicerídeos, respectivamente, o álcool não precisa ser digerido, podendo ser diretamente absorvido pela parede intestinal.
Quanto ao teor de vitaminas, o vinho contém pequenas quantidades destes compostos, como vitaminas A, C e as do complexo B (B1, tiamina; B2, riboflavina e a B12, cianocobalamina), além de minerais, especialmente potássio e ferro. Contudo, é importante lembrarmos que o consumo excessivo de álcool pode causar distúrbios na absorção de outras vitaminas e minerais.
Pela tabela abaixo, você pode conferir o valor nutricional médio dos vinhos de mesa (Fonte da tabela: Emedix-UOL).
Tabela – Valor nutricional do vinho tinto de mesa
Vinho, tinto, mesa | |
Quantidade | 100 ml |
Água (%) | 88 |
Calorias | 73,53 |
Proteína (g) | Traços |
Gordura (g) | 0 |
Ácido Graxo Saturado (g) | 0 |
Ácido Graxo Monoinsaturado (g) | 0 |
Ácido Graxo Poliinsaturado (g) | 0 |
Colesterol (mg) | 0 |
Carboidrato (g) | 2,94 |
Cálcio (mg) | 7,84 |
Fósforo (mg) | 17,65 |
Ferro (mg) | 0,39 |
Potássio (mg) | 110,78 |
Sódio (mg) | 4,9 |
Vitamina A (UI) | Valor não determinado |
Vitamina A (Retinol Equivalente) | Valor não determinado |
Tiamina (mg) | 0 |
Riboflavina (mg) | 0,03 |
Niacina (mg) | 0,1 |
Ácido Ascórbico (mg) | 0 |
Nos últimos anos, diversos trabalhos científicos têm relacionado o consumo de vinho com benefícios a saúde (como, por exemplo, nos dois últimos textos do blog Histórias e Vinhos, veja aqui e aqui). Os maiores responsáveis pelos efeitos benéficos do vinho são os chamados polifenóis, por possuírem um efeito antioxidante muito potente e ainda apresentarem ação antibiótica.
Entre os polifenóis mais estudados presentes nos vinhos, quanto a sua ação benéfica à saúde humana, destaca-se o resveratrol (ao lado), que possui ação protetora em relação às doenças cardiovasculares.
O consumo regular de vinho está associado a benefícios ao coração, circulação sanguínea, digestão, osteosporose, obesidade e outros.
Contudo, é importante ressaltar que estes benefícios só ocorrem quando o vinho é consumido com moderação, como parte de uma dieta balanceada e principalmente por pessoas que não tenham contra-indicação ao consumo de bebidas alcoólicas.
Mais do que nunca aquela frase histórica se faz valer: Faça do seu alimento, o seu medicamento.
Bons vinhos!
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