quarta-feira, 6 de julho de 2011

Borgonha: Problemas de oxidação deixam os vinhos brancos “menos confiáveis”

Os apaixonados pelos renomados vinhos da Borgonha podem ficar em estado de alerta. Como relatado por Stephen Brook a Decanter, os vinhos de safras mais antigas, principalmente da década de 1990, estão sendo atingidos pelo que ele chama de “oxidação aleatória”.
Apesar dos esforços investidos por parte de grandes enólogos, nenhuma causa concreta foi encontrada, enquanto continua a coletânea de depoimentos contundentes e desfavoráveis por parte de alguns consumidores e colecionadores destes vinhos ao redor do mundo.
“Pelo ao menos uma dúzia de safras estão propensas a autodestruição”, diz ele. Mas, ainda assim, o Borgonha branco é “confiável”.
Ao redor deste assunto, criam-se diversas teorias, como a proposta por Jacques Seysses, do Domaine Dujac, que diz que as rolhas são as principais responsáveis, por ser tratada com alguns agentes, como água sanitária e dióxido de hidrogênio.
Ao mesmo tempo, Patrick Javillier, produtor de Mersault, sugere que as prensas pneumáticas modernas permitiram a redução a exposição do oxigênio, quando comparada a prensa horizontal antiga, podendo ser uma das causas da oxidação tardia.
Jasper Morris, comerciante da região da Borgonha, acredita que esta oxidação pode ser devido aos níveis de enxofre reduzidos empregados na década de 90.
Aquém as teorias traçadas, os especialistas acreditam que o problema não é tão prevalente nas safras a partir de 2000. Além disso, os produtores fazem todos os esforços para garantir a qualidade prolongada do seu produto. Se você é um dos que encontrou um vinho de qualidade reconhecida em condições desfavoráveis, o recurso que resta é tentar o reembolso ou a substituição do mesmo.
Se você tem um belo exemplar da Borgonha no local mais privilegiado da sua adega, quando for abrir, o meu “boa sorte”, pois como bem me lembro: Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

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